As campanhas de conscientização sobre a importância e o uso racional e responsável ocorrem há anos e a tendência é de que cresçam ainda mais. O motivo do aumento desse tipo de ação ocorre em razão do elevado consumo e desperdício que vem sendo discutido.
Em tempos de escassez, como o que estamos vivendo, é fundamental a discussão e elaboração de planos e alternativas eficazes visando a redução do consumo e consequente desperdício de água. Em palavras e ações diretas: O objetivo hoje é minimizar as consequências da crise hídrica que o Brasil e o mundo enfrentam.
Vamos te mostrar qual é o nível de consumo de água no Brasil e quais são as áreas onde há maior desperdício.
Se você está em busca de um uso mais consciente desse valioso bem, não deixe de conferir o artigo de hoje.
A importância da água
Sempre que falamos sobre consumo e desperdício é muito importante exaltarmos a importância da água para a vida como conhecemos.
Como se sabe, a água é um bem essencial para o desenvolvimento humano, animal e ambiental. Todos nós precisamos de água para viver: beber, cozinhar, lavar e tomar banho, por exemplo, são consideradas atividades essenciais.
Dessa maneira, fica claro que a água é um dos bens naturais mais importantes que possuímos e a falta dessa fonte vital, pode gerar uma série de transtornos e problemas a todas as pessoas do mundo.
Por isso, é tão importante consumi-la de maneira responsável e evitar todo e qualquer tipo de desperdício.
Brasil consome água acima do recomendado
Embora muitos sequer imaginem, o Brasil consome água acima da média recomendada.
Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, a recomendação de consumo diário de água por habitantes é de 110 litros por dia por pessoa.
Estudos demonstraram que essa quantidade é suficiente para suprir todas as necessidades básicas de uma pessoa. No entanto, não é isso o que acontece no Brasil.
De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, o consumo médio do brasileiro é de 166,3 litros de água por habitante por dia. O que fica 51% acima do recomendado.
Esses dados sugerem que o brasileiro esbanje água, mas na verdade, o alto consumo hídrico se dá por conta da alta demanda da indústria de agricultura.
Com base em números da ANA – Agência Nacional de Águas, hoje a distribuição de água no Brasil é dividida da seguinte maneira:
- Agricultura 72%;
- Consumo animal 11%;
- Consumo urbano 9%;
- Consumo industrial 7%;
- Consumo rural 1%.
Setores campeões de desperdício
A ANA – Agência Nacional de Águas aponta a agricultura, o consumo urbano e o consumo industrial como os setores que mais desperdiçam água no Brasil.
Vamos mostrar agora como se dá o uso da água em cada um desses setores e em quais momentos ocorre o desperdício.
Agricultura
Hoje a atividade agrícola é a grande responsável pelo consumo de água do Brasil – mais precisamente 72% dos recursos hídricos do país são empregados na agricultura.
De fato, a água é a base para esse sistema de produção. É válido ressaltar que o agronegócio é responsável por 30% do PIB brasileiro e afeta diretamente a economia do país.
Dentro desse setor, existe uma grande preocupação que caminha de forma conjunta com o consumo e o desperdício.
Hoje quase metade do volume de água utilizado para irrigação das plantações são perdidos por conta da evaporação.
Além disso, é crescente a contaminação de água em lençóis freáticos pelo uso desenfreado de agrotóxicos e fertilizantes que afetam o padrão de qualidade desse bem tão precioso.
O maior desafio da agricultura nos dias de hoje é aumentar a produção de alimentos sem causar impactos negativos ao meio ambiente.
Estudos e pesquisas apontam uma série de medidas e ferramentas que podem ser utilizadas para redução do consumo e consequentemente o desperdício de água pelo setor.
De acordo com um levantamento realizado pela EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Minas Gerais, um bom planejamento com informações precisas sobre o clima e o solo das regiões auxilia na definição de quantidade e momento exato de irrigação.
Segundo esse levantamento, a aplicação do estudo poderia trazer uma redução de até 20% do consumo da água pela agricultura.
Uso urbano
Na segunda posição em termos de desperdício no Brasil, temos o uso urbano.
Como mostramos, o abastecimento urbano é responsável por 9% do consumo de água no país. Como o volume populacional cresceu, houve um aumento pela demanda de consumo e consequentemente do desperdício de água.
Infelizmente, os brasileiros ainda mantêm maus hábitos que contribuem para uma má gestão dos recursos hídricos existentes. Esses costumes acabam por agravar a situação de escassez.
Dentre os principais exemplos do mau uso da água no meio urbano temos torneiras mal fechadas, banhos demorados, lavagem de calçadas sem necessidade, escovar os dentes com a torneira aberta e muitos outros.
Indústria
Como citado anteriormente o setor da indústria consome hoje 7% da água disponível no Brasil, essa porcentagem equivale a 1161 metros cúbicos por segundo.
Esse setor somente retira menos água do que a agricultura e o uso urbano, o que deixa evidente o potencial de crescimento das indústrias brasileiras comparada a outros países.
Mesmo assim, o uso de água pelas indústrias do país ocorre de maneira ineficiente.
A CNI – Confederação Nacional da Indústria, a ANA – Agência Nacional de Águas e o Ministério da Indústria firmaram recentemente um acordo de cooperação mútua com vigência de dois anos, com o objetivo de incentivar o uso eficiente e racional pelo setor industrial brasileiro.
Essas instituições estão dispostas a criar uma agenda que contribua para redução de problemas que a sociedade e o próprio setor industrial enfrentam devido à escassez desse bem.
A agenda prevê uma série de medidas que tem como objetivo minimizar o desperdício de água por esse setor, bem como as suas consequências.
Entre essas medidas estão: O uso racional e o reuso da água, o compartilhamento de dados e informações técnicas, elaboração de estudos e capacitação e treinamento dos profissionais que atuam no ramo.
Desperdício de água no Brasil vem aumentando anualmente
O desperdício de água aumentou pelo terceiro ano seguido no Brasil, é o que mostra um estudo conduzido pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Water.org, que foi mostrado em 2020 pelo portal G1.
Os dados mostram que, em 2015, 36,7% de toda água potável produzida no país era perdida durante a distribuição. No ano de 2018, o mais recente com dados disponibilizados o índice de desperdício atingiu a faixa de 38,5%
Isso significa que a cada 100 litros de água captada da natureza e tratada para que se torne potável, quase 40 litros são perdidos por conta das mais variadas situações, como vazamento nas redes, fraudes, roubos e erros de leitura em hidrômetros.
Apenas em 2018, a perda de água no Brasil chegou a 6,5 bilhões de metros cúbicos, o que equivale a 7,1 mil piscinas olímpicas por dia, se fossemos estimar essa perda em valores, o prejuízo seria de mais de R$ 12 bilhões.
Diferenças regionais
O tema só ganhou fama e notoriedade durante a crise hídrica que afetou a região Sudeste em 2014. No entanto, o controle e diminuição do desperdício de água não costuma ser a prioridade de governadores, prefeitos e até mesmo empresas no Brasil.
Hoje, o percentual de acesso de água tratada distribuído por regiões no Brasil é o seguinte:
- Região norte: 57,5%;
- Região nordeste: 73,9%;
- Região centro-oeste 89,7%;
- Região sudeste 91,1%;
- Região sul 90,5%.
No entanto, da mesma forma que o Brasil consegue atingir níveis aceitáveis de distribuição de água tratada, como acabamos de mostrar, as perdas são consideradas grandes.
A porcentagem de perda de água tratada por região durante a distribuição hoje é a seguinte:
- Região norte: perda de 55,2%;
- Região nordeste: perda de 45,7%;
- Região centro-oeste: perda de 34,4%;
- Região sudeste: perda de 36,31%;
- Região sul: perda de 37,5%.
Em uma rápida comparação internacional, o Brasil hoje está no mesmo patamar de desperdício de países como Congo e Peru, que perdem 41,3% e 35,6% de toda sua água potável durante a distribuição, e muito distante de países como Dinamarca, Estados Unidos e Coreia que perdem “apenas” 6,9%, 12,8% e 16,6% de água, respectivamente durante o processo de distribuição.
Mesmo considerando as possíveis diferenças regionais de desenvolvimento, nenhuma das regiões do Brasil consegue atingir o patamar de 20%.
A melhor é a região sudeste, que apresenta índices acima de 36% e a pior é a região norte com percentuais de perda superiores a 55%.
Consequências do desperdício
Como é fácil de se imaginar, o desperdício de água traz consigo uma série de consequências.
De acordo com a ONU – Organização das Nações Unidas, hoje as principais consequências do desperdício de água são:
- Falta de acesso à água tratada (no Brasil e no mundo);
- Falta acesso a saneamento básico;
- Mortes de adultos e crianças pelo consumo de água ou alimentos contaminados por água imprópria para consumo;
- Aumento do aquecimento global;
- Possibilidade do crescimento de disputas territoriais por conta da falta de água.
Impacto da pandemia sobre o consumo e desperdício de água
Diante da atual pandemia de coronavírus o consumo de água e consequentemente o desperdício devem crescer ainda mais, visto que aumentou o número de pessoas em casa, e uma das principais medidas para se evitar o contágio é a manutenção de higiene, com lavagem das mãos e objetos.
Por isso, mais do que nunca se deve estimular o uso racional da água, evitando todo e qualquer tipo de desperdício.
Como evitar o desperdício de água?
Para evitar o desperdício de água é muito importante que tenhamos consciência ambiental e coletiva.
Hoje o maior problema da perda e desperdício de água é o vazamento das redes. De acordo com o Trata Brasil, é preciso investimento do setor público para combater essas perdas.
Substituir tubulações antigas por material mais novo e resistente é hoje a melhor maneira de evitar o desperdício hídrico, visto que quase 40% da água potável é perdida durante o processo de distribuição.
Por conta disso, ações educativas em ambientes escolares, de trabalho e na comunidade têm sido cada vez mais desenvolvidas. Mas, a verdade é que também pequenas ações cotidianas ajudam e muito a evitar o desperdício desse bem tão precioso.
Por parte da agricultura e da indústria medidas também devem ser tomadas. Na área da agricultura, as principais se dão na substituição de sistemas antigos e precários de irrigação, junto a um reaproveitamento inteligente desse bem tão precioso.
Por parte da indústria, a solução para evitar o desperdício se dá por meio da troca de tubulações e melhor manejo da captação de água para resfriamento de equipamentos. E a exemplo da agricultura, o reaproveitamento inteligente da água também deve ser colocado em prática.
E por último, mas não menos importante, além do estado e setores da agricultura e indústria, a população também pode fazer sua parte por meio de medidas simples de serem colocadas em prática no dia a dia. As principais nesse caso são:
- Sempre verificar torneiras e possíveis vazamentos domésticos;
- Diminuir o tempo de banho;
- Puxar a descarga somente o tempo necessário;
- Lavar a louça e escovar os dentes com a torneira fechada;
- Reaproveitar a água da chuva para lavar o quintal e regar as plantas.
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Os processos de captação, envase e distribuição da água mineral e alcalina levam em conta uma série de cuidados específicos visando diminuir ao máximo todo e qualquer tipo de desperdício.
Dessa forma, é possível afirmar que prezamos pelo cuidado não apenas social e ambiental ao manipularmos esse recurso natural de modo respeitoso pensando de maneira coletiva como um todo.
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