Como já citamos aqui em algumas ocasiões, de toda a água disponível em nosso planeta, apenas cerca de 3% é considerada doce, ou seja, que está apropriada para suprir as nossas necessidades. Dessa pouca quantidade, a maioria está armazenada em calotas polares ou geleiras ou sob a forma de água subterrânea, os chamados aquíferos.
Hoje você vai aprender o que é um aquífero, quais são seus diferenciais, onde estão localizados os maiores depósitos de água desse tipo no mundo e o que é preciso fazer para protegê-los. Não deixe de conferir.
Água subterrânea é diferente de aquífero
Embora possam parecer a mesma coisa, água subterrânea é diferente de aquífero.
A Água subterrânea é a parcela de água que existe e permanece no chamado subsolo, ficando armazenada em corpos de água de superfície, como rios e lagos, por exemplo, além de poder ser interceptada por raízes de plantas e até mesmo ser extraída por meio de poços.
Essa água, que não é visível, possui importante papel na umidade do solo, além de fluxos de rios, lagos, brejos, pântanos e mangues e produção de bens de consumo e abastecimento humano.
Outro ponto importante de ser dito, sobre água subterrânea, é que ela também é responsável pela manutenção da perenização de rios durante períodos de estiagem, auxiliando na manutenção ambiental de ecossistemas.
As águas subterrâneas são armazenadas em reservatórios batizados de aquíferos.
Aquíferos: Os reservatórios subterrâneos
Como acabamos de te dizer, aquíferos são reservatórios subterrâneos de água, sendo possível extrair grande quantidade de água que pode ser utilizada para aproveitamento econômico e abastecimento público.
As áreas por onde os aquíferos são abastecidos, ou seja, por onde recebem água são chamadas de áreas de recarga, e normalmente são afloramento de formações geológicas.
Já os locais por onde as águas brotam do aquífero são batizadas de áreas de descarga. Geralmente, a água volta à superfície como uma nascente ou escoamento básico que irá contribuir para a formação de córregos e rios.
Existem dois tipos diferentes de aquíferos e eles são classificados por suas características hidráulicas. Assim, eles podem ser livres ou confinados.
Aquíferos livres
Também chamados de freáticos, os aquíferos livres são aqueles que possuem formação geológica com uma característica mais permeável, com base, normalmente formada por argila.
Esse é o tipo mais explorado para abastecimento, mesmo sendo o que apresenta os maiores índices de contaminação.
Aquíferos confinados
Também conhecidos pelo nome de artesianos, os aquíferos confinados são assim chamados pelo fato de que possuem água confinada entre camadas de rochas permeáveis e semipermeáveis a maiores profundidades.
Isso faz com que a água subterrânea fique confinada sob uma pressão superior à pressão que temos na atmosfera. Por esse motivo, a maior parte de poços perfurados para captação de água proveniente desse tipo de aquífero tende a jorrar.
Dependendo do tipo de rocha ao qual está associado, o aquífero confinado pode ainda ser classificado como aquífero de fraturas, com rochas ígneas; aquífero poroso, com rochas sedimentares que possuem alta capacidade de absorção ou ainda aquífero cárstico com rochas carbonáticas.
Agora que você já sabe o que é um aquífero e quais são os diferentes tipos existentes, é hora de conhecer onde estão localizados os principais no Brasil e no mundo.
Os principais aquíferos do mundo
Hoje existem uma série de aquíferos espalhados pelo mundo e embora muita gente não saiba, o Brasil possui sob suas terras dois aquíferos gigantescos, mas que precisam de proteção – como falaremos mais adiante.
Aquífero Alter do Chão
Também conhecido Aquífero Grande Amazônia, o Alter do Chão está localizado sob estados do Pará, Amapá e Amazonas e possui mais de 126 km³ de água.
Essa quantidade de água equivale a mais de 150 quatrilhões de litros e poderia abastecer toda a população do planeta durante um período de 250 anos.
É hoje o maior aquífero que conhecemos no mundo e reserva metade de toda a água presente no Brasil. Atualmente, essa gigantesca reserva hídrica fornece água apenas para cidades vizinhas, como Santarém e Manaus.
Aquífero Guarani
O aquífero Guarani é o mais famoso e conhecido dos brasileiros. Ele é o maior em termos de fronteiras, uma vez que abrange quatro países ao mesmo tempo: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Esse aquífero possui 1,2 milhões de km² de extensão territorial, sendo que 70% dele está em território brasileiro. Sua reserva hídrica atinge 40 trilhões de metros cúbicos.
O aquífero Guarani está distribuído entre os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Aquífero Arenito Núbio
O aquífero Arenito Núbio é considerado o maior reservatório de água fóssil do planeta, ou seja, trata-se de um reservatório que não recebe reabastecimento por meio de precipitação.
Ele está localizado sob o Chade, Egito, Líbia e Sudão e possui cerca de 2 milhões de km² de extensão, com uma capacidade de 150 mil quilômetros cúbicos. A água lá reservada, é utilizada para produção agrícola no chamado oásis de Kufra por meio de um sistema de irrigação subterrânea.
Aquífero Kalahari/Karoo
Localizado no sul do continente africano, o aquífero Kalahari/Karoo é compartilhado pela África do Sul, Botsuana e Namíbia.
A maior parte desse reservatório fica na Namíbia, país onde ocorre também a maior parte de seu reabastecimento. Sua extensão total é estimada em 135 mil km². Suas águas são fundamentais para a vida e a economia do deserto de Kalahari.
Aquífero Digital Waterway Vechte
Aqui temos o primeiro aquífero em terras europeias. O Digital Waterway Vechte possui uma área total de 7,5 mil km² e inclui sobre si, a bacia do famoso rio Vecht que banha o noroeste da Alemanha e o nordeste da Holanda.
A água presente nesse aquífero é utilizada para a agricultura e abastecimento da população que vive em seu entorno por meio de técnicas de drenagem artificial.
Aquífero de Praded
O aquífero de Praded abrange os países da República Tcheca e Polônia, dando vazão para muitas nascentes, como é o caso dos rios Desná e Vístula. Sua extensão total é de 3,3 mil km².
Do lado Tcheco, se encontra instalada a central hidroelétrica Dlouhé Stráne, conhecida como maior estação reversível da Europa, cujo sistema é responsável pela produção de energia proveniente de bombeamento de água subterrâneo, de baixo para cima.
Grande Bacia Artesiana
Embora seja chamado de bacia, esse aquífero abrange 22% do território da Austrália, ocupando uma área total de 1,7 milhões de km².
A reserva total de água é estimada em 65 milhões de gigalitros que estão distribuídos em 18 bacias de lençóis freáticos. A água subterrânea presente apenas nesse aquífero é mais de 800 vezes maior que a quantidade de água presente em toda a superfície australiana.
Bacia de Murray-Darling
E por último, mas não menos importante temos mais um aquífero que foi batizado de bacia, também localizado na Austrália.
A bacia de Murray Darling possui 297 mil km² de extensão e é responsável pela drenagem de um sétimo das terras do país.
Seu nome vem dos rios Murray e Darling e o aquífero é fundamental para a produção agrícola da ilha. Recentemente esse reservatório foi ameaçado pelas secas que castigavam o território australiano, trazendo grande preocupação à população e às autoridades.
Cenários dos aquíferos no Brasil e no mundo
A água subterrânea representa hoje cerca de 95% de toda a água doce disponível no mundo.
No total, existem cerca de 37 aquíferos com grande importância mundial. Atualmente 21 deles estão sob condição de estresse hídrico, ou seja, com extração superior à recarga.
Cenário mundial
Países como Dinamarca, Malta e Arábia Saudita, por exemplo, usam apenas água proveniente de aquíferos para o abastecimento da população.
Já países como Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Itália, Holanda, Hungria, Marrocos, Rússia e Suíça, captam pouco mais de 2/3 de água proveniente de aquíferos.
Esse cenário de captação, coloca em risco a sustentabilidade e capacidade dos aquíferos de maneira geral.
Outro fator agravante, além da escassez crescente, é a distribuição desigual dos aquíferos ao longo do planeta.
Áreas do Oriente Médio, África e de grande parte da Ásia apresentam uma crise severa e persistente com relação à disponibilidade da água, tanto do ponto de vista superficial, quanto subterrâneo.
Cenário Brasileiro
Infelizmente no Brasil, a situação não é muito diferente da encontrada no restante do mundo.
Embora de fato, o país possua uma imensa reserva de água subterrânea, cujos valores até 2010 eram estimados em um trilhão de litros, somente uma pequena parcela dessa água pode ser retirada em função de alguns fatores fundamentais, como custos elevados (e inviáveis), além de possibilidade de colapso de caráter geológico, por conta da formação de grandes espaços vazios, antes ocupados por água.
Estudos de caráter hídricos e geológicos mostram que a exploração de águas subterrâneas deve obedecer a critérios essenciais, como avaliação de entrada de água proveniente de chuvas a partir do balanço hídrico nas áreas de recarga, com formação de reservas renováveis e ativas.
Esse cenário apenas mostra a necessidade de um uso racional da água, além de se obter maneiras de proteger os aquíferos no Brasil e no mundo.
Poluição e superexploração colocam aquíferos em risco
A poluição e a superexploração de águas subterrâneas têm se tornado um problema recorrente em todo o mundo.
Dessa forma, fazer uma gestão e gerenciamento eficientes, seguidos por políticas públicas que visem a proteção desses reservatórios e desenvolver ferramentas que integrem órgãos gestores e a população é algo imprescindível.
O esgotamento dos aquíferos por conta da superexploração é um problema cada vez mais notado em países do Oriente Médio, que se espalham para a Ásia e afetam inclusive grandes potências mundiais, como é o caso do Canadá e EUA.
No Brasil, esse quadro se torna ainda mais grave pelo fato de não existir uma legislação específica, que disponha sobre a extração racional de águas subterrâneas, o que tem comprometido o uso adequado desse bem precioso oriundo dos aquíferos.
Outro ponto grande problema que tem sido notado nos aquíferos presentes no Brasil e no continente africano é a poluição, por conta da falta de saneamento básico adequado e do uso desenfreado de agrotóxicos.
Formas de proteger os aquíferos
Autoridades competentes, como é o caso da Embrapa e da ANA – Agência Nacional de Águas, no Brasil e da ONU – Organização das Nações Unidas e da OMS – Organização Mundial da Saúde, no mundo afirmam que a adoção de políticas, portarias e até mesmo simples ações seriam efetivas para a proteção dos aquíferos de todos os planetas.
Hoje as melhores formas de proteger os aquíferos são:
- Construção de sistemas de saneamento básico;
- Potencialização de reaproveitamento de água da chuva;
- Evitar o uso de agrotóxicos em plantações;
- Fazer uso racional da água.
Apenas com a colocação dessas medidas protetivas em prática será possível recuperar e proteger os aquíferos do Brasil e do mundo.
A influência da qualidade da água para a saúde
Tão importante quanto cuidar dos reservatórios hídricos, é escolher uma água de qualidade para a hidratação. Nesse caso, a opção de escolha mais óbvia é a Água Mineral Treze Tílias.
Captada de maneira direta do Aquífero Guarani com todos os cuidados e controles microbiológicos, a Água Mineral Treze Tílias é uma ótima fonte de minerais, além de ter pH alcalino, que atua de modo a otimizar o funcionamento de todas as células corporais, e potencializar a saúde de seus consumidores.
Quando o assunto é saúde e responsabilidade ambiental, a Água Mineral Treze Tílias é a melhor opção!
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